O café é uma presença constante em cerca de 98% dos lares brasileiros, mas a qualidade do café que consumimos nem sempre recebe a atenção que merece. Para muitos, café é café, preto e quanto mais amargo, melhor – uma bebida para ser adoçada generosamente e consumida rapidamente. Porém, o café é muito mais do que isso. É uma fruta com doçura natural, corpo, acidez e, é claro, um toque de amargor moderado, proporcionado pela cafeína. E dentro desse universo, encontramos diversas categorias que definem a qualidade e características do café que degustamos.
As principais classificação dos cafés no Brasil
Tradicional/Extraforte: O café tradicional ou extraforte é, sem dúvida, o tipo mais comum e familiar para os brasileiros. No entanto, é também o de menor qualidade disponível no mercado. Esta categoria tolera uma quantidade maior de defeitos, como grãos podres, mofados, galhos e folhas. Com até 300 defeitos permitidos em uma amostra de 300g de café, é fácil entender por que essa bebida pode apresentar um sabor medicinal e amargo, especialmente em torras mais claras. Para mascarar esses defeitos, muitas vezes o café é torrado excessivamente, resultando em um sabor queimado e desagradável.
Superior: Os cafés classificados como superiores permitem o blend de duas espécies diferentes: o Arábica e o Canephora, mas isso não significa que não possam existir cafés superiores 100% arábica. No entanto, essa categoria também permite a presença de grãos verdes, que não completaram seu processo de maturação, resultando em uma bebida com sabor adstringente e finalização seca. Embora ofereça uma experiência mais equilibrada em relação ao tradicional, o café superior é muito apreciado para quem busca um café de qualidade, porém sem a complexidade do café Gourmet.
Gourmet: Esta classificação é a última qualidade regulamentada pela ABIC, seus cafés são maduros, não permitidos defeitos como os cafés PVA ou Verdes, também não permitem a utilização do café Canephora, por ser um café com mais cafeína e amargor. Por este motivo os cafés Gourmet possuem maior doçura natural.
Se pudéssemos classificar todos os cafés usando uma escala de 0 a 100, poderíamos perceber que até 45 pontos, os cafés apresentariam diversos defeitos, com presença de Ocratoxinas, substâncias cancerígenas e por este motivo não poderia ser comercializado. Já os cafés tradicionais/extrafortes estariam na faixa de 45 a 60 pontos, o superior ficaria na faixa de 60 a 72 pontos e acima de 72 pontos para os cafés gourmet.
Cafés de especialidades
Os cafés especiais ou cafés de especialidades, são aqueles que atingiram uma pontuação superior a 80 pontos na metodologia SCA. Segundo a metodologia, avaliam a qualidade da Doçura, Aroma/Fragrância (e o Sensorial semelhante), Sabor (Sensorial que se assemelha), Acidez, Corpo, Finalização, Balanço (equilíbrio entre os atributos), Xícara Limpa (Defeitos), Uniformidade (Padronização das amostras, qualquer xícara que desponte para melhor ou pior é penalizada), avaliação geral.
Assim Cafés Especiais recebem uma pontuação referente a sua qualidade e sensorial, que é afetado conforme cada variável em seu processo de produção até o destino do cliente, entre as variáveis que podem afetar o sabor do café especiais estão o Terroir, Clima, Tempo de maturação do grão, colheita e processamento pós colheita, entre outros.
Na Amiste Café você encontra diversos cafés para diferentes gostos, Cafés Superiores, Gourmet e Especiais. Experimente e descubra qual o seu favorito.