A crença popular de que o café preto, forte e sem adição de açúcar pode curar a ressaca é muito presente no nosso cotidiano, mas será verdade mesmo? Como isso ocorre e o que reforça essa ideia?
Efeitos divergentes
O principal efeito do álcool no organismo é a redução da atividade do sistema nervoso central, que dificulta a comunicação entre os neurônios do cérebro e resulta na falta de coordenação motora, sonolência e desequilíbrio.
Em contrapartida, a cafeína presente no café possui justamente os efeitos opostos, intensificando sinapses entre os neurônios e, desta forma, diminuindo a sensação de cansaço e problemas relacionadas a memória.
Riscos com a falsa sobriedade
Vale lembrar que a cafeína também apresenta propriedades analgésicas, mas que os efeitos do álcool não são completamente neutralizados. A bebida alcoólica ainda precisa ser digerida.
Um lata de cerveja ou uma taça de vinho, por exemplo, levam, em média, cerca de uma hora para serem digeridas e a cafeína não acelera essa metabolização. Por esta razão, a sensação de “tontura” permanece mesmo após a ingestão do café.
Com os efeitos do álcool mascarados, muitas pessoas acreditam poder realizar ações que não seriam recomendadas para pessoas alcoolizadas, como dirigir, colocando a própria vida e a de outras pessoas em risco.
Aliviando os sintomas da ressaca
Caso queira aliviar os sintomas da ressaca, como dor de cabeça, sonolência e até de coordenação, a ingestão do café deve ser realizada sem açúcar, já que a substância dificulta a absorção da cafeína pelo organismo.
Também é recomendável o consumo de água em abundância para reidratar as células, pois ambas as substâncias são diuréticas.
Fontes:
Efeito do café (Super Interessante)